As necessidades das pequenas e médias empresas (PMEs) devem ser olhadas com atenção pelo mercado, pois são elas que movem a economia brasileira, respondendo por uma parcela significativa da economia brasileira. E, uma das principais dores dessas organizações é cuidar de suas finanças.
A necessidade de focar no negócio faz com que, muitas vezes, a gestão financeira acabe ficando em segundo plano, o que pode acabar custando sua sobrevivência. De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 48% das companhias brasileiras não conseguem seguir operando por mais de três anos por conta da falta de controle financeiro.
Muitas vezes, para alavancar o negócio as PMEs acabam deixando de lado o cuidado com suas finanças, o que é bastante preocupante. Prova disso é o resultado mais recente do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, que revelou a existência de 6,3 milhões de empresas com o nome no vermelho em novembro de 2022. No montante total, o levantamento ainda mostrou que elas acumulam 44,6 milhões de dívidas negativadas, que, em valor, representam R$ 105,2 bilhões somente no período.
Os avanços tecnológicos e a digitalização alavancaram a criação de serviços financeiros que podem facilitar a vida de quem quer empreender, evitando riscos que possam impactar a operação. Nesse sentido, os bancos digitais largaram na frente para atender essa demanda e, hoje em dia, existe um alto número de pessoas dispostas a mudar de um banco convencional para um Challender Bank, os chamados bancos desafiadores (pequenos bancos de varejo recém-criados que competem diretamente com os bancos estabelecidos há mais tempo).
Seguindo uma demanda deste mercado, o conceito “beyond banking” tem ganhado adeptos pelo Brasil, justamente para atender empresas que precisam de serviços bancários que vão além do tradicional. O setor de serviços — que tem grande participação no mercado das pequenas e médias empresas — sofreu uma queda recente. Segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) de setembro, a movimentação financeira real do setor recuou 2,6% na comparação anual, após queda de 4,5% observada em julho de 2022.
Vale destacar que após o período mais crítico da pandemia, que impactou empresas mundialmente, o setor de PMEs no Brasil parece estar em uma recuperação constante. Um relatório da plataforma Globo/Gente, corroborado por diversos estudos de mercado, apontou que o movimento de recuperação do faturamento dos pequenos negócios manteve-se similar desde o último ano. Além disso, a pesquisa também mostra que 72% desses empresários realizam suas vendas utilizando plataformas digitais e, hoje, 5 em cada 10 deles já prevê o investimento em tecnologia visando o aumento de faturamento.
Fonte: Portal Comunique-se