De acordo com informações divulgadas recentemente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) desacelerou a alta para 0,07% em janeiro, em comparação com dezembro de 2023, quando estava em 0,74%. Isso significa que o ano começou com arrefecimento dos preços das matérias-primas brutas. O resultado do primeiro mês de 2024 ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,24%, e levou o índice a acumular em 12 meses queda de 3,32%.
Já o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, recuou 0,09% no mês, bem distante da alta de 0,97% vista em dezembro passado. Segundo o coordenador dos índices de preço da FGV, André Braz, nesta edição o Índice de Preços ao Produtor mostra resfriamento dos preços das Matérias-Primas Brutas (de 3,06% para 0,49%), o que se mantido nas próximas apurações, pode antecipar a desaceleração dos preços de alimentos industrializados.
A desaceleração do grupo de Matérias-Primas Brutas foi influenciada por itens como a soja em grão, que passou de uma alta de 2,03% para uma queda de 5,98%, o minério de ferro, que reduziu seu aumento de 4,63% para 2,87%, e o milho em grão, cuja taxa diminuiu de 11,30% para 6,22%. Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral acelerou sua alta para 0,59% em janeiro, ante taxa de 0,14% no mês passado.
No âmbito do consumidor, a inflação segue muito concentrada nos grupos Alimentação (de 0,55% para 1,62%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,65% para 2,11%). Esse resultado reflete os preços mais altos dos alimentos in natura, em meio a problemas de ofertas típicos da estação, e cursos formais mais caros, informou a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, desacelerou a alta a 0,23%, de 0,26% em dezembro.
Fonte: UOL/Economia