Planejamento financeiro empresarial: como fazer

Caracterizado por uma projeção de receitas e despesas para um determinado período, seja curto, médio ou longo prazos, para a realização de um planejamento financeiro tudo deve ser identificado e anotado, como contas a pagar e receber e responsabilidades fiscais. Assim, conforme ressalta o especialista em gestão financeira empresarial, Marcelo Guerra, com esses dados, é possível analisar o cenário da empresa e apontar diretrizes para o futuro, além de prever algumas emergências que possam surgir no caminho. Ele cita ainda algumas dicas básicas para a elaboração de um planejamento: estudar o negócio e o mercado; definir metas e objetivos viáveis; simular um cenário mais pessimista e outro mais otimista e preparar-se para ambos; bem como fazer um orçamento anual e acompanhá-lo mensalmente.

Uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, encomendada pelo C6 Bank e divulgada em 2020, atestou que apenas 21% dos brasileiros tiveram educação financeira na infância. O levantamento ainda mostra que, de toda a amostragem entrevistada, 14% das pessoas só aprenderam sobre finanças pessoais na fase adulta, acima dos 25 anos. Para o lado dos empreendedores, essa falta de conhecimento prévio pode ter sido um impasse. O “Mapa de Empresa”, do Ministério da Economia, apontou, em dados divulgados em fevereiro deste ano, que mais de 1,4 milhão de negócios formais fecharam em 2021.

Para Guerra, um dos pontos que deve ser considerado pelos gestores é a educação financeira. “O grande desafio é educar os gestores sobre a importância de se adotar uma cultura organizacional onde o planejamento e organização sejam levados a sério”, afirma. Segundo ele, vale destacar também que um planejamento financeiro é baseado em dados da empresa, gerados através de relatórios e informações sobre o mercado. “É através dele que o empreendedor pode realizar uma análise sobre a saúde financeira empresarial, o que pode ajudar a tomar decisões mais assertivas”, evidencia Guerra.

Para o setor empresas uma alternativa que tem se destacado no mercado é a automação de processos. Segundo o Índice da Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), publicado em 2020, o setor de comércio e empresas apresentou um crescimento, quanto à utilização da automação, de 11% desde os quatro anos anteriores à divulgação do estudo. Para Guerra, essa é uma opção válida para as organizações: “A automação de processos pode diminuir o tempo gasto para fazer operações rotineiras, evitar erros manuais e, em alguns casos, prevenir análises incorretas sobre o cenário da empresa”, frisa.

Fonte: Portal Comunique-se